Quanto Tempo Dura a Terapia? O Tempo Que a sua história precisa para ser compreendida de verdade?
PSICOLOGIA
Marcelo Paixão
7/24/20252 min read
Essa é uma das perguntas mais frequentes que escuto: “Marcelo, quanto tempo vai durar a terapia?”
E minha resposta é sempre honesta: depende.
Não por evasão. Mas porque você não é uma máquina com peças a serem substituídas. Você é uma história inteira. Com camadas, silêncios, pressões e dores que muitas vezes vêm sendo ignoradas há anos — ou até décadas. É natural querer prazo. É natural buscar controle. Mas quando se trata da mente, das emoções e da forma como você se relaciona com o mundo (e consigo mesmo), não existe cronômetro. Existe processo. Existe ritmo. Existe profundidade.
Terapia não é corrida de 100 metros. É travessia. E cada travessia tem seu tempo.
Algumas pessoas procuram a terapia por um motivo muito específico: uma crise de ansiedade, um luto, um burnout, um término. Elas querem alívio, direção, ferramentas para seguir. E tudo bem — nesses casos, é possível trabalhar com foco e prazos mais definidos. Outras pessoas chegam porque estão cansadas de repetir os mesmos ciclos. Estão em um ponto da vida onde sentem que algo precisa mudar — mas não sabem exatamente o quê. Nesse cenário, a terapia deixa de ser um reparo e passa a ser uma reconstrução. E reconstruções levam tempo.
Não é sobre rapidez. É sobre profundidade.
A questão não é “quanto tempo vai durar?”, mas sim: “o quanto você está disposto a se envolver com esse processo?”
A terapia avança à medida que você se permite ser verdadeiro. À medida que você para de querer controlar tudo e começa a olhar para si com mais honestidade — inclusive para aquilo que dói. E esse movimento não é linear. Tem avanços, tem pausas, tem resistências, tem descobertas. Mas tem sentido. Tem crescimento. Tem verdade.
Na Psicologia Executiva®, os ciclos variam entre 5 e 12 meses, com sessões regulares a cada 3 ou 7 dias.
Essa frequência contínua e estruturada permite que o trabalho seja consistente, eficaz e mensurável. Porque sim — terapia também pode (e deve) ter metas, revisões e marcos de evolução. Isso não diminui a sensibilidade do processo. Pelo contrário: torna ele mais honesto. Mas mesmo nesses casos, não se trata de “resolver tudo” em um ano. Trata-se de iniciar um processo que pode continuar com autonomia, com consciência e com ferramentas sólidas para você seguir.
A verdade é que você sente quando o processo começa a dar frutos.
Você começa a perceber que reage diferente. Que pensa com mais clareza. Que se posiciona sem medo. Que descansa sem culpa. Que a sua mente está menos barulhenta. Que a sua vida está mais alinhada com quem você quer ser. E nesse momento, você entende: terapia não é sobre “resolver”. É sobre transformar. E cada transformação respeita um tempo. O seu tempo. Se você está pensando em começar, não espere “ter tempo”. Comece com o tempo que você tem. E veja o que pode florescer a partir daí.
Se quiser conversar, estou aqui.