O que falar na terapia? Tudo aquilo que você evita até quando está sozinho.

Muita gente chega à primeira sessão com medo de não saber o que dizer. Parece estranho, mas é comum. Existe uma expectativa de que é preciso “ter algo muito sério para contar”, ou que é necessário saber exatamente por onde começar.

Mas a verdade é que, na terapia, não existe assunto certo ou errado. O espaço é seu. O tempo é seu. E o que importa é que você traga aquilo que está vivo dentro de você — mesmo que ainda não tenha palavras para isso.

Você pode falar da sua ansiedade, do seu trabalho, das suas relações. Pode falar da sua infância ou do seu último final de semana. Pode falar de tudo. Ou pode começar em silêncio.

O papel do psicólogo é justamente ajudar você a organizar o que ainda está confuso, a acessar o que foi reprimido e a compreender o que ainda não faz sentido. Não espere ter um roteiro. Não espere estar pronto. O processo terapêutico não exige performance. Ele exige presença. Às vezes, o que você precisa dizer está guardado há anos. Às vezes, está surgindo agora — em forma de sintomas, desconforto, estafa. Falar é uma forma de reorganizar. De dar nome. De dar forma. E de dar um novo sentido ao que antes era apenas peso.

O que você fala na terapia não fica solto. Ele é acolhido, analisado e devolvido a você com estrutura.

Isso significa que, ao longo do processo, você começa a perceber conexões. Começa a entender por que reage de determinadas formas. Começa a identificar padrões de pensamento e comportamento que antes pareciam inevitáveis. E, com isso, começa a escolher diferente. Falar é o primeiro passo para transformar. Mas não é qualquer fala. É uma fala que nasce do lugar certo — de quem você é, do que você sente, do que está precisando escutar de si mesmo.

E se você não souber por onde começar, tudo bem. Diga isso. “Não sei o que falar” já é um ótimo começo.

Porque nesse espaço, até o silêncio comunica. Até o bloqueio tem significado. E tudo pode ser acolhido — sem pressa, sem julgamento, sem exigência de perfeição. O importante é que você esteja disposto a se encontrar. E para isso, não existe frase certa. Existe verdade.

Se você sente que precisa começar, mas não sabe como... eu te ajudo. É pra isso que eu estou aqui.